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Razão e fé. Há muito que se discute essa relação. Santo Agostinho dizia que a razão não era necessária, ao homem bastaria a fé. São Tomás de Aquino reconheceu a importância da razão para aproximar o homem a Deus. André, se bem o conheço, não é um tomista, mas fez com maestria essa segunda operação.
Seu livro cumpre o interessante papel de unir fé e razão, religião e ciência. Fala com desenvoltura das passagens bíblicas e de como elas teriam se manifestado nos povos da Etiópia. Fazendo-o, traça registros históricos – algo da ciência – ao mesmo tempo em que deslinda sua crença em ensinamentos bíblicos.
Nesta obra singular temos referência ao imperialismo, às guerras mundiais, à descolonização africana. Temos, também, informações preciosas sobre a presença da cannabis na história humana, tanto quanto sobre a alimentação saudável, não determinada por interesses econômico-industriais. Não bastasse tanta riqueza de análise, André ainda nos contempla com incursões biográficas sobre Bob Marley não prescindido – é claro! – de toda uma explicação quanto ao balanço aprazível do reggae. Mais não digo para não atrasar o início de tão instigante leitura.
Clayton Avelar – Historiador

 

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Talvez eu tivesse uns 9 anos, ainda em plenos anos 80, meu pai ganhou um álbum de uma banda de aparência muito incomum: seu som e suas roupas, seus cabelos emaranhados: lembro bastante da faixa que abria o disco: “Rebel Music”, mas só fui aprender os nomes Bob Marley, ou Peter Tosh, ou mesmo a palavra “reggae” quando já eram moda no Brasil, começo dos anos 90, e sempre com pouquíssima informação sobre o verdadeiro significado de Rastafari.

A adolescência trouxe pra mim o gosto por tocar música, e no repertório de meus improvisos e composições na guitarra e no baixo o sabor inconfundível de reggae teve sempre predominância: logo, eu já imitava toda a aparência daqueles jamaicanos misteriosos e sua intrigante espiritualidade: algo entre o zen e a malandragem dos guetos: assim, jovem e rebelde guitarrista branco com ralos cabelos emaranhados, eu me sentia incluído na comunidade “rasta” de Olinda...

Mas éramos realmente Rastafaris? Ou apenas balançávamos nossos dreadlocks na pulsação da música e da dança, envoltos em fumaça de ganja? O que entendíamos e sabíamos sobre esse movimento com raízes tão políticas quanto místicas e naturais? Uma nova religião? Uma nova filosofia de vida? Uma nova frente na luta do povo negro contra a opressão?

André também foi um jovem “rasta”, somos amigos desde esses bons e velhos tempos de tirar muito som, de preferência em praias ainda com florestas: ele mergulhou nessa pesquisa e nos trouxe não apenas respostas, mas a essência para reflexões e despertares!

Paulo do Amparo - Ilustrador

eBook | RASTAFARI - Cura para as nações - Uma perspectiva brasileira

SKU: ERCBR01
20,00R$Precio
    • Publicado em 14/04/2017
    • ISBN: 9788588860797
    • Idioma: PORTUGUÊS
    • Páginas: 100
    • Formato: ePub
    • Tamanho: 5,5 MB
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